12 de abril de 2016

Escrevi Isto Num Sonho


Nós colorimos as nossas histórias
em pequenos cubículos;
entre o silêncio e o sumiço
fizemos destas memórias algo maior.

Cruzamos as esquinas infinitas
dos quarteirões aflitos
dos bairros-conflito
das cidades à meia-luz.

Ossos frios.
Sob a noite encrustada de estrelas
o meu quarto nunca pareceu tão vazio.
Da minha sacada eu ainda vejo você.

Você reaparece diante de mim. Holográfico e inconclusivo.
Eu tenho muitas perguntas. Por hora teu sorriso basta.
É muito juízo pra pouco juiz.
Quem te fez feliz quando eu fugi?

Eu me fiz rosa.
Na solidão de todos os meus espinhos.
não sei qual o melhor lugar para você me encontrar.
Me procure onde você não se sinta sozinho.

Colorimos a alvorada. Descendo uma escada verde.
Muito verde. Para lugar algum. Prum lugar comum.
Cambaleantes e ainda assim atordoados por um céu
cheio de estrelas, cheio de intenções.

A paixão que marca a pele não machuca quem já está
acostumando a sentir. Sem ti eu não sou só.
Mas sou só eu. E cê não faz ideia do breu em que eu fico
quando não te tenho por aqui. Senti saudades.

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