25 de dezembro de 2015

Confissão


Quem adivinharia que por detrás da geleira jaz um vulcão?
Que além de olhos desesperadamente frios havia ternura
Ou que o amor não estava morto, apenas escondido;

Eu vi o meu próprio coração espatifado, histérico, nu
Reconhecendo as próprias fraquezas
Encarando a dura realidade

Soltando um "eu te amo", trêmulo, pelo canto boca
A língua desce acanhada, as mãos enlouquecem, a voz falha
É fraco, mas é sincero, e é raro.

Aliviado, me recosto numa parede e escorrego de olhos fechados
"eu te amo", ecoa em minha memória violentamente até sair de meu corpo
O amor foi em fim compartilhado, sorrio - você sabe que te amo, me sinto livre.

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