8 de dezembro de 2016

Terapia I


Quase osso,
ouvindo o fel
pingar na
banheira que
sou, no lamaçal
de desamor
em que eu
me acabo;

o último ato
desta eulogia
é uma página
inteira
dissolvendo-se
em lágrimas.

Padeço,
principalmente
nos últimos
tempos,
de um estar-
cônscio-de-mim
tremendo

e ainda me
pego, às vezes,
quando a noite
resolve mordiscar
o meu bem-estar,
trêmulo, choroso,
por não
saber lidar com a
dor que é me
conhecer em
demasia.

Eu não sei o
porquê,
só sei querer,
mais e mais;

quem sabe
eu não conheça
algum outro
rapaz que
preencha
o vazio que
você me deixou.

Quase morto,
me pego nos
braços e retraço
um alguém que
o tempo quase
apagou.

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