14 de novembro de 2016

Dedal


um dedal de vime
indefeso a seus
arredores, rola
num semicírculo
pela mesinha
de mogno. 

sete agulhas
espalhadas
o rodeiam.
são sete
sentenças.

tem cheiro
de chuva
lá fora.

são sete 
tentativas
também.

queria
poder te
culpar
pelo que
eu sinto.

dedal de 
vime na 
beira da
mesinha:
o peso
do mundo
é o silêncio
entre nós.

foram sete 
futuros.
é, no fim
do dia,
no fim da
chuva,
só um 
dedal.

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