28 de setembro de 2015

Eclipse

Embaraço-me num sub-sonho das dez da noite a uma da madrugada. Os meus olhos se põe e renascem no horizonte primaveril. A Lua nunca esteve tão bonita quanto ontem, poucas vezes senti tamanha beleza, e em raríssimas vezes puder ver as coisas tão claramente - as maiores verdades não são melancólicas.
A última flor de noites longas da primavera dos povos desabrocha num vale coberto por grama e banhado por astros. O Sol e a Lua celebram a incerteza de seu relacionamento - seria amor verdadeiro ou solidão a dois? - a terra escurece em respeito à magnanimidade da realeza celeste, o amor é o inevitável espetáculo da noite.

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