Hora de Aventura e a Homofobia
Eu estava assistindo "Hora de Aventura" (sim, ainda assisto desenhos, me julguem) quando começou este episódio que achei que seria chato e estava quase desistindo de assistir quando me deparo com esta fala "Eles não querem que mostremos o que temos", achei intrigante, e é a partir daí que o episódio fica interessante.
A história é a seguinte, o Porco se apaixona por Dona Tromba, mas não sabia como lhe contar, ao ser incentivado por Finn e Jake descobre que o sentimento é recíproco.
Sendo agora um casal, os dois começam a andar grudados e a se beijar e abraçar por todos os lugares (uma atitude comum a novos casais, ficcionais e reais), porém isso incomoda os cidadãos-doce e os próprios Finn e Jake.
Sendo agora um casal, os dois começam a andar grudados e a se beijar e abraçar por todos os lugares (uma atitude comum a novos casais, ficcionais e reais), porém isso incomoda os cidadãos-doce e os próprios Finn e Jake.
Na tirinha ao lado juntei alguns prints do episódio (S04E03, caso se interessem) em que Finn utiliza de um dos discursos mais comuns ao homofóbicos. Tendo em vista que é um desenho que também é assistido por crianças ele não usa palavras tão fortes ou odiosas, mas dá pra ver que a essência está ali.
"- Por que todo mundo está me encarando assim? - Pergunta Dona Tromba.
- Vocês são afetuosos demais, vocês precisam esconder seu amor...Ou acabarão fazendo o mundo inteiro vomitar! - Responde Finn."
Dona Tromba e o Porco acabam concordando em manter seu amor, suas demonstrações de afeto, escondidas dos olhos do público, como é proposto por Finn, mas acabavam sempre sendo pegos. Em dado momento, os cidadãos-doce e Finn e Jake "chegaram ao limite" e separaram o casal. Porém após verem como um era infeliz sem o outro a dupla se comoveu e "permitiu" que eles voltassem a se ver.
O episódio termina com Dona Tromba e o Porco correndo para se encontrar e se beijando, além dos cidadãos-doce reagindo com nojo (imagem ao lado).
Tem até docinho homofóbico! |
Como dizia Oscar Wilde, "A vida imita a arte" e na realidade não é muito diferente. Assim como os cidadãos-doce, os homofóbicos se veem no direito de interferir na vida particular, de condenar demonstrações de afeto tendo como argumento apenas o incômodo, sendo que nem eles mesmos conseguem justificar a origem deste incômodo.
Homossexuais, assim como a Dona Tromba e seu namorado, são oprimidos por pessoas que não conseguem entender o amor não-convencional, pessoas que esperam casais previsíveis e histórias repetidas.
Pode ser não-convencional, mas é amor é jamais será menos relevante comparado a outros. Parabéns aos responsáveis pelo desenho, sei que deve ser notícia antiga, mas nunca fui famoso por estar em dia com as séries que assisto.
Pode ser não-convencional, mas é amor é jamais será menos relevante comparado a outros. Parabéns aos responsáveis pelo desenho, sei que deve ser notícia antiga, mas nunca fui famoso por estar em dia com as séries que assisto.
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